; Claudio Luis

Vantagens e Desvantagens do Price Action


Sabe aquela frase que todo mundo diz: tudo tem dois lados? 
Isso vale para a vida, vale para as escolhas, vale para o trade. 

Os defensores do Price Action vêm muitas vantagens na metodologia. 
Alguém que opere por Tape Reading certamente irá tecer diversas críticas em relação a ele. 
Cada um defende aquilo que melhor conhece.

Quem está certo? Todos e ninguém.

Isso acontece porque não haverá nenhuma técnica, método ou fórmula que funcione perfeitamente em todas as circunstâncias. Se houvesse, ninguém estaria rico, já que todos utilizariam as mesmas técnicas: imagine todo mundo querendo comprar a R$ 10,00 e ninguém querendo vender porque este é um ponto de compra. Simplesmente não haveria negócios.

Como qualquer técnica, o Price Action apresenta vantagens e desvantagens.

Vamos começar pelas desvantagens:

– Demora para pegar o jeito: embora seu conceito seja bastante simples e sua operação totalmente visual, demora-se para aprender. Isso ocorre porque o primeiro impulso de todos será o de tentar decorar todos os padrões existentes (para depois perceber que não é esse o caminho). Então, a pessoa ficará um bom tempo nisso até entender os conceitos que estão por trás da formação dos padrões.

– Precisa desenvolver habilidades: ser capaz de operar Price Action é algo que depende de reconhecimento de padrões, uma habilidade visual. Olhar para um gráfico e imediatamente ser capaz de enxergar suportes, resistências, figuras e canais será bem mais fácil para aqueles que possuem uma habilidade natural para reconhecer padrões. Todos são capazes de fazer isso, mas quem não tem essa habilidade terá que treinar por mais tempo do que quem tem.

– No começo há uma insegurança: todos os que têm seu primeiro contato com o mundo dos gráficos, logo dão de cara com os indicadores. E como é a primeira coisa que vemos, incutimos em nossa mente que eles são necessários para operar. É mais ou menos como aquelas rodinhas laterais das bicicletas infantis – quando o pai as tira, bate um medinho. É claro que, como tudo, a experiência vai ajudar a eliminar essa insegurança para sempre. Arriscamos dizer que muitos preferirão operar no modo naked trading mesmo – tem gente até que diz que os indicadores atrapalham porque tiram a visão dos candles.



Agora vamos às vantagens

– Versátil – o Price Action funciona em qualquer mercado, em qualquer tempo gráfico, com qualquer ativo de qualquer país. Qualquer ativo ou mercadoria que apresente liquidez, movimentação constante e esteja sujeito às leis de oferta e demanda, pode ser operado com Price Action. Lembre-se que essa foi a primeira técnica de análise de preços para tomada de decisão que existiu no mundo. Todas as outras técnicas gráficas surgiram a partir daí.

– Visão clara – basta você ligar topos e fundos que saberá exatamente se o preço está em alta, em baixa ou de lado. Candles com sobreposição poderão ajudá-lo a reforçar essa interpretação. Os candles, além de conterem as informações sobre as forças de compra e de venda em si mesmos, formam, em conjunto, uma história perfeita das disposições de todos os players, do mercado, das reações às notícias. Como todos os grafistas afirmam, o preço desconta tudo e, se isso é verdade, você não precisaria de mais nada além dos gráficos para tomar as decisões mais corretas de compra e venda de ativos.

– Fundos e Topos – todos sabemos que se deve comprar no fundo e vender no topo. E como saber quando é fundo e quando é topo? Resposta: Price Action.

– Não precisa de muita coisa – se você souber encontrar Suportes, Resistências, Linhas de Tendência, alguns padrões de candle e aprender a fazer projeções (Elliott e Fibonacci), já terá condições de ganhar um bom dinheiro operando o mercado. Tem gente que só faz isso e consegue extrair dinheiro do mercado.

O resumo disso tudo é que o Price Action apresenta muito mais vantagens do que desvantagens. E, como ele está na base de tudo o que é feito em análise técnica, é algo fundamental para que se possa alcançar sucesso operando os mercados.

O que é Price Action?

Muito provavelmente você já ouviu esse nome: Price Action ou "ação do preço" em inglês. Embora seja um nome chique, com ares de sofisticação, ele nada mais é do que a velha e boa análise gráfica – uma técnica que existe há mais de um século.

Sabe aquele livro de análise técnica, que mostra um monte de gráficos cheios de indicadores? Tem médias móveis, IFR, OBV, MACD, Bollinger e tudo o mais? Então – retire todos os indicadores do gráfico e o que sobra? Os candles.

Pois é disso que se trata a análise gráfica ou, se preferir, o tal Price Action.

Mas não se engane e nem se sinta desamparado. Saiba que todos os indicadores que têm como base o preço – vou repetir: todos os indicadores que têm como base o preço – saem justamente dali, ou seja, de um gráfico sem nada.


Pense em um indicador como Média Móvel. De onde saem os valores usados em seu cálculo? Exatamente: do preço que já aconteceu e que está ali na tela desenhado em um candle. E as Bandas de Bollinger? Se respondeu que saem "do preço que já aconteceu e que está ali na tela desenhado em um candle", você acertou.

E o MACD? Bem, o MACD é um indicador criado a partir da diferença entre duas médias móveis. E, como você já sabe, as médias móveis são calculadas a partir "do preço que já aconteceu e que está ali na tela desenhado em um candle".

Agora, pense comigo: se os indicadores são calculados com base em algo que já aconteceu (até porque não dá para fazer cálculos com números que ainda não existem), isso significa que todos os indicadores estarão atrasados em relação ao que o preço está fazendo no momento.

Então, se é assim, porque já não olhamos de uma vez aquilo que o preço está fazendo para tomarmos nossas decisões de compra e de venda no exato momento em que o mercado sinaliza que vai subir ou descer?

Pois é exatamente esta a ideia por trás do Price Action – analisar o movimento ou a ação (action) que o preço (price) está fazendo.

Para isso, é preciso reconhecer os sinais deixados no gráfico através dos candles e das diversas formações – ou "desenhos" que eles constroem ao longo do tempo.

No início, parece um pouco complicado, mas você verá que a análise gráfica – ou Price Action – é algo muito fácil e intuitivo. Você só precisa ter certa habilidade em reconhecer padrões – aquela mesma habilidade que você possuía quando era criança para ficar vendo bichinhos nas nuvens.

Você perceberá que é possível atingir ótimos resultados operando com o gráfico sem nada, sem indicadores, limpinho. Os americanos chamam isso de naked trading ou trade nu, pelado – operar o gráfico sem nada, como veio ao mundo.
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Mensagem para alunos

Dia tenso hoje, hein?

Nem tanto.
Milhares de pessoas tiveram lucros incríveis na bolsa hoje. 

Conversei com um ex aluno agora a pouco que fez R$18 mil hoje no mini dólar, em 6 operações de um ponto cada, com 200 contratos.
Ah, que legal pra ele, ele tem capital pra isso, eu não tenho (sei que você pensou isso).

Mas ele me contou algumas coisas que ele fez que serão surpresa pra você:

  • Antes de começar a operar, ele fica de 15 a 30 minutos lendo o dia anterior em diversos tempos para ver se encontra uma dica, uma figura em formação ou um sinal de tendência para o dia que está começando.
  • Antes de começar o dia, procura todas as noticias fundamentalistas em diversos sites para não ser pego de surpresa no meio de uma operação.
  • Traça suportes e resistências baseados em candles diários e no Stop-ATR dos demais tempos gráficos.
  • Nunca opera antes das 9:30h
  • Identifica a tendência do momento e nunca opera contra a tendência. Faz o mesmo de tarde.
  • Faz no máximo 6 operações por dia, pois quanto mais opera, maior é o risco, por isso busca 6 pontos por dia, e só.
  • Controla o gerenciamento de risco de 15%
  • Segue um planejamento de metas feito por planilhas.
Não foi surpresa pra você? Ué... porquê será?

Qualquer análise de entrada de operação passa por três análises: Gráfica, técnica e fundamentalista. Você está observando isso?
Qualquer entrada de operação (principalmente ao romper a tendência) precisa da confirmação do rompimento em 3PB+1. Você está fazendo isso?
Qual sua meta a curto, médio e longo prazo? Tá só no papel e a bolsa virou jogo de cassino para você ou diversão?


Para ter sucesso, você precisa tomar muito CHA. (Conhecimento, Habilidade e Atitude)
  • Conhecimento - Você continua estudando, lendo livros e procurando se aperfeiçoar como trader ou já sabe tudo que precisa?
  • Habilidade - Você continua praticando na simulação sem enganar a si mesmo de maneira que torne a simulação fácil demais e ali você só tem Gain?
  • Atitude - de definir e seguir metas sem tornar o trade um jogo sem planejamento.

Estamos todos aprendendo e conhecendo um mercado centenário de resultados milionários. 
Vamos focar, pensar positivo e entender que isso é só começo de uma estrada maravilhosa em que o melhor vai ser curtir a viagem e não só a chegada.
Passamos anos estudando numa escola ou faculdade para aprender uma profissão e não podemos pensar que seremos traders em meses. 
Requer estudo, esforço e muita dedicação.


Sei que estamos no caminho certo. 
Conte comigo e que TODOS tenhamos sucesso!

Cláudio Luis


Ah, lembre de deixar seu comentário aqui abaixo. Obrigado.







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Entenda o que é Circuit Breaker

Circuit breaker é a paralisação dos negócios na Bolsa de Valores quando seu principal índice cai mais do que um certo limite. No caso da B3, a Bolsa brasileira, o mecanismo é acionado quando o seu principal índice, o Ibovespa, cai mais de 10% em relação ao fechamento do dia anterior.

No início de março de 2020, a Bolsa brasileira precisou ativar o circuit breaker por algumas vezes na mesma semana diante do avanço global do coronavírus. No mesmo intervalo, o circuit breaker também foi ativado na Bolsa de Nova York (NYSE). Os principais índices da duas Bolsas, o Ibovespa e o S&P500, respectivamente, registraram quedas históricas.

A disputa de preços do petróleo entre Arábia Saudita e Rússia somada à paralisação de economias ao redor do mundo, em decorrência do coronavírus, foram os epicentros da queda no Brasil e nos principais mercados globais, mas a ativação do circuit breaker não é tão ruim quanto parece.

Seja no Brasil ou em outras Bolsas ao redor do mundo, o mecanismo é um módulo de segurança ativado em momentos de pânico para investidores do mercado financeiro. Como ele foi criado, quando é ativado e o que fazer diante de um circuit breaker serão alguns dos tópicos que explicaremos melhor na sequência. 


Entenda o que é circuit breaker e saiba o que fazer

Em português, a palavra circuit breaker significa disjuntor. Sim, aquele dispositivo eletromecânico que geralmente faz parte do quadro de distribuição de energia dos imóveis e é acionado quando há uma sobrecarga elétrica em uma determinada instalação.

Assim como o disjuntor, o circuit breaker possui uma função de segurança: reduzir a volatilidade dos mercados, isto é, a forte instabilidade que pode se seguir a um acontecimento de grande impacto para as Bolsas. Na Bolsa brasileira, ele pode ser ativado em três níveis:

  • Quando as quedas no Ibovespa atingem 10% em relação ao fechamento do dia anterior, os negócios são suspensos por 30 minutos;

  • Após o retorno das negociações, caso as perdas cheguem a 15% em relação ao fechamento do dia anterior, as transações são interrompidas por uma hora;

  • Se as duas primeiras paralisações não forem suficientes para conter o mercado, e a desvalorização do Ibovespa chegar a 20%, o circuit breaker é ativado novamente, mas, neste caso, só a B3 poderá definir quando as negociações serão retomadas. Importante lembrar que o circuit breaker nunca é ativado na última meia hora do pregão.

Criação do circuit breaker 
O mecanismo foi criado após o crash da Bolsa de Nova York, em 22 outubro de 1987, dia também conhecido como Black Monday, quando o índice do mercado norte-americano, Dow Jones Industrial Average (DJIA), caiu 508 pontos (22,6%), a maior queda percentual do índice em um único dia. 

Após o colapso, o FED (Federal Reserve, que funciona como o Banco Central dos EUA) e as Bolsas de Valores criaram os circuit breakers com o objetivo de dar um tempo para os investidores refletirem sobre a interrupção temporária das negociações.

Na NYSE, o circuit breaker também é dividido em três níveis: ao atingir as marcas negativas de 7% e 13%, os negócios são interrompidos por 15 minutos. Caso a variação negativa atinja o patamar de 20%, o pregão é cancelado durante todo o dia.

Na prática, o circuit breaker suspende todas as ordens de vendas automáticas (stop loss). Assim, caso o investidor queira realmente se desfazer dos seus papéis, terá que submeter novamente os ativos para venda. O circuit breaker tem ainda uma função psicológica, ele contém o pânico dos mercados, dando aos investidores alguns minutos para respirar e pensar.  
Fatos que provocaram o circuit breaker no Brasil
Antes das paralisações de março de 2020, o circuit breaker já havia sido acionado outras 18 vezes no Brasil. Na maioria das situações, por fatores externos à economia local. Na última vez, no entanto, o contexto político brasileiro puxou as quedas naquele que ficou historicamente conhecido como Joesley Day (17 de maio de 2017).

Como parte do acordo de delação premiada para obter redução na pena por lavagem de dinheiro e corrupção, o executivo do Grupo JBS, Joesley Batista, divulgou um áudio do então presidente Michel Temer autorizando a compra do silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha.

A gravação levou incertezas quanto à continuidade de Temer na presidência, gerando insegurança quanto ao futuro político e econômico brasileiro. No dia, o circuit breaker entrou em ação, mas as quedas do Ibovespa chegaram a mais de 12% em uma hora.

Por razões locais, o mecanismo de proteção da Bolsa foi ativado também em 13 e 14 de janeiro de 1999 diante da crise de desvalorização do real. Naquele momento, o Banco Central optou por deixar o regime de Bandas Cambiais (usado pelo Brasil para controlar o preço do dólar entre 1995 e 1999) para adotar o regime de Câmbio Flutuante, em que o preço da moeda é determinado pela procura e oferta do mercado.

A transição entre regimes cambiais, diante do crescimento da dívida externa brasileira, e outros fatores relacionados a medidas para o controle da inflação ativaram o circuit breaker por dois dias seguidos, quando as perdas ficaram próximas de 10%

Nas outras 14 vezes em que foi acionado, o circuit breaker respondeu a crises nos mercados externos, especialmente na Ásia e na Rússia. Durante a crise de 2008, o circuit breaker foi acionado seis vezes. Antes, no dia 11 de setembro de 2001, em função dos atentados terroristas nos Estados Unidos, o circuit breaker não chegou a ser acionado, mas a Bovespa interrompeu definitivamente o pregão às 11h15, quando o Ibovespa caía 9,18%.

O que fazer em um circuit breaker?

Diante de um circuit breaker, respire fundo e avalie os fundamentos em curto, médio e longo prazo. Essa “pausa” é exatamente para que investidores não tomem decisões precipitadas e para que todos possam avaliar com maior racionalidade a situação. Lembre-se: suas ordens de compra/venda automáticas serão todas canceladas.

Uma boa maneira de mensurar o impacto das perdas em seus ativos é analisar o valor real de mercado das companhias que compõem o seu portfólio versus o valor negociado em um dia de grandes perdas. Por exemplo, se o valor de mercado de uma organização for de R$ 1 bilhão, as transações que somem R$ 10 milhões em um dia não terão grande relevância para os papéis daquela companhia em longo prazo. A empresa, seu trabalho, seus produtos e resultados permanecerão no mesmo lugar.

Não esqueça que, quando você compra ações na Bolsa de Valores, está se tornando sócio de uma empresa e, por isso, é importante investir com fundamento e muita cautela.

Caso você não se sinta confortável com as oscilações na Bolsa, talvez seja o momento de avaliar o seu perfil de investidor e os seus objetivos. Avalie se o mercado de renda variável é a opção para os seus investimentos no momento. Na Bolsa, o ingrediente imprevisibilidade é natural e, como mostramos acima, fatores internos e externos podem impactar a rentabilidade dos ativos todos os dias.
Entender melhor sobre o mercado, sobre seu portfólio e contar com assessoria técnica são os diferenciais que definem quem ganha e quem perde em momentos de crise.

Maio, o pior mês da bolsa. Será?




O mês de maio foi uma maldição para os investidores no mercado de ações brasileiro por nove anos consecutivos. 

De 2010 a 2018, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) sempre fechou o quinto mês do ano no vermelho. 

Maio é um dos piores meses para a bolsa, tradicionalmente, no mundo e aqui também. Nos últimos 10 anos, o Ibovespa só não caiu em 2019 e, desde 1994 até hoje, o mês com maior queda na bolsa é justamente maio.

Existe um movimento de realização de lucros forte nos Estados Unidos e na Europa, porque é costume do investidor sair da bolsa antes do verão e só voltar no outono do Hemisfério Norte. 
“Sell in may and go away (venda em maio e vá embora)”.
Antigamente, esse ditado era usado por aristocratas, mercadores e banqueiros da Inglaterra, que saiam nos verões quentes e voltavam quando o calor intenso passava. Mas, hoje, os investidores de bolsa dos EUA usam a frase para sair de férias. O comportamento do Índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, entre 1950 e 2013, deu credibilidade a esse ditado, mas, desde 2013, isso não se confirma com a mesma frequência por lá”.
Mas e agora, em 2020?
Tivemos os piores meses de fevereiro e março da história em função da reação à pandemia do COVID-19.

Queda de -8,43% em fevereiro e absurdos -29,90% em março no IBOV.

Ainda existe margem para mais queda?
Podemos considerar a maldição de maio como uma realidade neste ano totalmente atípico?

Para investidores do mercado de ações e commodities em operações de médio ou longo prazo, sim. É um risco.

Para investidores em Day Trade que aproveitaram a tendência de queda do IBOV e alta do dólar, com altos lucros, é só mais um momento de entender o mercado e operar.

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Como ter lucro mesmo com a venda de ações

Aprenda a operar vendido e lucrar mesmo com a queda das ações

Muitos investidores acreditam que a única maneira de lucrar com operações no mercado de renda variável é através da compra de ações apostando na valorização do ativo. Mas é possível lucrar também com a queda do preço ou desvalorização, operando na venda de um ativo mesmo que você não o tenha em carteira.
Isso é chamado de venda a descoberto no Day Trade e Aluguel de ações no Swing Trade.
Isso pode soar um pouco estranho – Como é possível lucrar vendendo um ativo que você não tem em carteira?
No nosso cotidiano é impossível vender alguma coisa que não temos, por exemplo:
Você não conseguiria vender um automóvel para outra pessoa sem antes ter comprado o mesmo, correto?  No mercado de ações isso acontece de uma maneira um pouco diferente.
É possível  “emprestar” uma ação de investidores que possuem o ativo em carteira, vender esse ativo e após a desvalorização, devolver para o dono ganhando com a oscilação negativa do preço do ativo.

O que é venda a descoberto?

Basicamente funciona assim: primeiro você VENDE um ativo QUE NÃO TEM, e depois você RECOMPRA o mesmo ativo (com lucro se cair ou prejuízo se subir), zerando a operação. É igual comprar e vender depois, só que a sequencia é invertida: primeiro vende, depois compra.
Exemplo:
Digamos que o valor de um ativo é de R$10,00 e você acredita na queda do preço desse ativo, então você (tomador) toma emprestado do dono do ativo (doador) e vende o ativo a R$10,00; se o preço do ativo cair e após a queda o valor chegar a R$8,00, por exemplo, você vai comprar novamente esse ativo pagando apenas R$8,00 e devolver para o dono (doador). Neste caso, você teve um lucro de R$2,00 com essa operação.

Como Funciona o empréstimo ou aluguel de ações?

O serviço de empréstimo ou aluguel  de valores mobiliários é regulamentado atualmente pela resolução 3539, de 28 de fevereiro de 2008, do Conselho Monetário Nacional, pela instrução CVM nº441, de 10 de novembro de 2006, e também por regulamento que deve ser editado pela prestadora do serviço e aprovado pela CVM.
Seu funcionamento é da seguinte maneira:
Um investidor de longo prazo que detém os ativos em carteira, firma contrato com uma corretora disponibilizando seus ativos para empréstimos. A bolsa de valores atua como contraparte garantindo as operações.
A corretora faz o intermédio entre os investidores que desejam emprestar suas ações (doador) e o investidor que deseja tomar as ações emprestadas (tomador).
Através do BTC – Banco de Títulos da CBLC ( serviço por meio do qual os investidores disponibilizam títulos para empréstimos e os interessados os tomam mediante aportes de garantias) – o investidor (doador) transfere temporariamente suas ações para o investidor tomador, estabelecendo um prazo de carência para a devolução e um prazo máximo para o empréstimo.
Nesse caso os direitos de voto, por exemplo, passam a ser exercidos pelo tomador, caso não tenham vendido a ação.
Com respeito aos proventos, entretanto, como os dividendos e os juros sobre capital próprio, o Banco de Títulos  reembolsa o doador e debita os valores do tomador.
No que se refere aos eventos realizados em ativos, grupamentos, bonificações e desdobramentos, o investidor doador recebe os ativos após o empréstimo com as quantidades ajustadas.

Operações de venda a descoberto (aluguel de ações) no Swing Trade

Para que o aluguel de ações para operações Swing Trade (que duram mais de um dia ou até algumas semanas) de venda a descoberto possa ser feito, é preciso dois tipos de investidores:
  • Investidor Doador –  Investidor de longo prazo, que detém as ações, é quem empresta ou aluga as ações para serem negociadas na venda por outros investidores. Esse investidor tem um perfil voltado para o longo prazo, seu objetivo é obter lucro com os dividendos sendo sócio de grandes empresas negociadas em bolsa. Ele procura uma corretora e firma contrato disponibilizando os seus ativos para empréstimos.
  • Investidor Tomador – Investidor que procura uma corretora e firma contrato tomando ações para o empréstimo, visando a venda a descoberto do ativo. Ele deve depositar uma margem de garantia na CBLC. O valor dessa margem é igual ao valor atualizado dos títulos, acrescido de um percentual definido pelo BTC e paga uma pequena taxa pré definida pela locação do ativo.

Operações de venda a descoberto no Day Trade

No caso das operações Day Trade (que duram apenas um dia), não é preciso que você faça o aluguel de ações para operar na venda de um ativo que você não tem em carteira, o que facilita muito para quem está nessa modalidade operacional.
Saber operar vendido no Day Trade é essencial para quem adota esse perfil de investimento.
A maioria das corretoras voltadas para o investidor pessoa física, oferecem a possibilidade da venda a descoberto com a mesma facilidade de operar comprando e depois vendendo uma ação.